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Mai 18 ![]() |
Unium: "os nossos cooperados se sentem donos do negócio"
![]() Neste ano, a Unium foi a terceira colocada no Ranking Leite Brasil com um aumento de 17,6% na captação. A Unium é a marca que representa a intercooperação das cooperativas Frisia, Castrolanda e Capal, todas situadas no Paraná. A marca foi lançada em novembro do ano passado e ao todo são 5 mil cooperados, R$ 7 bilhões de faturamento anual e mais de R$ 500 milhões em investimentos. Durante a ExpoFrísia 2018, a Equipe MilkPoint entrevistou com exclusividade Rogério Marcus Wolf, Coordenador Comercial de Lácteos da Unium. O evento ocorreu entre os dias 26 e 28 de abril no Pavilhão de Exposições Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí. Segundo Rogério, houve a necessidade de se criar uma identidade ao sistema de gestão das cooperativas, refletido na intercooperação. “Na prática, há situações como autoria de matérias, ações comerciais, etc, e as cooperativas entenderam que a intercooperação seria a melhor opção para o modelo de negócio que se estabelecia. Não é uma fusão, nem uma central de cooperativas, mas, estamos praticando um dos pilares do cooperativismo”. No que se diz respeito ao lácteos, a Unium agrega as seguintes marcas: Colônia Holandesa e Naturalle. No setor frigorífico, a marca Alegra, e no setor de moinho de trigo, a Herança Holandesa. As cooperativas mantêm - independentemente - suas estruturas físicas, seu ambiente de governança e de gestão. A relação com os seus cooperados também é individualizada”. Engajamento dos produtores nas cooperativas Rogério fez questão de destacar que a relação das cooperativas com os seus associados é muito sólida e pratica os conceitos de uma forma estabelecida e tradicional. “Os nossos cooperados, de fato, se sentem donos do negócio, afinal, eles também são parte integrante da cooperativa. Eles não enxergam a cooperativa apenas como uma oportunidade, tanto que a fidelidade a ela é muito alta e são pouquíssimos os casos de desistência de negócio. Quando isso acontece, normalmente é devido à saída da atividade e não porque o produtor opta em não comercializar mais a sua produção para a cooperativa. Todo esse panorama nos fortalece, pois é reflexo de todo o respeito aplicado no negócio, sem contar a transparência, participação e representatividade”. “Os nossos cooperados, de fato, se sentem donos do negócio, afinal, eles também são parte integrante da cooperativa. Eles não enxergam a cooperativa apenas como uma oportunidade, tanto que a fidelidade a ela é muito alta e são pouquíssimos os casos de desistência de negócio" Ele explica que além dos conselhos de administração e fiscal, há também comitês em cada setor com participação ativa dos produtores. Estes são bastante informados pela cooperativa sobre tudo o que acontece, e também recebem novidades com relação à atividade leiteira como um todo. “Os produtores sabem o que está acontecendo, participam das pré-assembleias, das assembleias e reuniões extraordinárias. Eles opinam, as cooperativas retornam e assim, não fica nada a esclarecer. Isso intensifica a relação de confiança, o que a meu ver, é o que sustenta o negócio”. Com uma matéria-prima de alta qualidade, Wolf ressalta que o mercado enxerga e dá credibilidade aos produtos das cooperativas. “Estamos construindo as marcas Colônia Holandesa e Naturalle vagarosamente e hoje não destinamos todo o volume de leite produzido a elas, até porque não queremos gerar uma pressão de estoques, ficando a mercê dos preços. O mercado do leite UHT é volátil demais e desde 2016 vive um sério problema. Porém, a prestação de serviços nos dá condições de caminhar devagar, desenvolvendo as marcas estrategicamente. Precisamos dar sempre espaço para o crescimento dos produtores, absorver a matéria-prima deles, por isso, sempre prospectamos novos negócios e oportunidades de segmentos”.
Hoje a marca Colônia Holandesa oferece os seguintes produtos aos consumidores: leite UHT integral, leite UHT zero lactose, leite condensado, leite condensado zero lactose, creme de leite e bebidas lácteas com sabores. Já a Naturalle, três opções de leite UHT (integral, desnatado e semidesnatado) sem nenhum tipo de aditivo. Além da porção individual de 200ml, podem ser encontrados em embalagens de 1 litro. A caixinha atende ao público que prefere alimentos práticos e embalagens fracionadas, fato que se enquadra na tendência alimentar “on the go” (opção fácil de consumo em movimento, como por exemplo, indo para o trabalho).
Quando questionado sobre a possibilidade de exportação, Rogério frisa que o perfil de qualidade dos produtos permite isso, embora o Brasil não tenha tradição na exportação de leite UHT. “A nossa fábrica de Castro/PR já está habilitada para exportar e recentemente recebeu a certificação FSSC 22000, reconhecida internacionalmente e alcançada por poucos laticínios no país. Isso nos gabarita para afunilar as relações externas e a possibilidade de novos passos. Próximas expansões e aquisição da Colaso Os produtos Colônia Holandesa e Naturalle são mais comercializados –majoritariamente – nos estados do Paraná e Santa Catarina. “A Unium incorporou a cooperativa Colaso (Cooperativa de Laticínios de Sorocaba/SP) e a gestão é nossa, assim como a marca. A Colaso tem mais de 80 anos e está bem posicionada no mercado regional. Aproveitando essa oportunidade comercial, entramos no Estado de São Paulo com a marca Colônia Holandesa. O Naturalle já está na fila. No Rio de Janeiro, estamos presentes apenas em algumas oportunidades. Quando estivermos com mais leite em nossas operações, alçaremos novos voos”. Com relação à aquisição da Colaso, Enio Borges Andrade, Gerente de Suprimentos Lácteos da Castrolanda, elucida que o grande desafio em São Paulo é mostrar aos produtores paulistas como é o relacionamento de uma cooperativa, direito e deveres. “Como São Paulo passou por várias transformações no setor cooperativista e muitas delas com resultados ruins para os produtores, sempre há a visão que é mais um laticínio que está na região e não a visão de ‘dono do negócio’. Junto a isso, há sempre o desafio da qualidade do leite, pois não havia um sistema de pagamento claro, transparente, respeitado por todos os produtores de forma única, sem qualquer subjetividade de tratamento. Hoje a Unium possui produtores em 45 municípios de SP, limitado a um raio de 170 km da unidade”. De acordo com Enio, um dos princípios do cooperativismo é a livre adesão. “Diferente da maioria, não temos técnicos compradores de leite. Se o produtor manifesta interesse, é feito uma visita na sua propriedade e ele é orientado sobre os procedimentos, sistema de pagamento, coleta de amostras, entre outros, e encaminhado para aprovação de ingresso como associado”. Hoje a Unium em São Paulo está com 320 produtores de leite com volume diário de 110 mil litros. A Colaso passou a ser administrada pela Unium em abril de 2014 e desde então, foram contratados técnicos, concretizada a implantação de um sistema de pagamento por qualidade e realizada a orientação dos produtores. “Houve uma redução de aproximadamente 150 produtores nos seis primeiros meses após a gestão pelo não enquadramento no novo formato de cooperativismo, com formação de preços baseada em qualidade. Este é o requisito básico de permanência do produtor como associado”. Enio complementa que a bacia leiteira da Unium, no geral, cresce acima da média brasileira. “Ser cooperado é buscar união para negociar melhor. A Unium é mais um exemplo de que juntos somos mais fortes”, finalizou. Fonte: MilkPoint https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/giro-noticias/unium-os-nossos-cooperados-se-sentem-donos-do-negocio-208129/ |
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