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Desbrota garante a longevidade das lavouras de café

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Ao término do período da colheita é o momento da desbrota, uma técnica que garante maior longevidade para o cafezal Os produtores de café devem ficar atentos ao período da retirada do excesso de ramos que formam no caule principal dos pés de café é um passo bastante importante para garantir a longevidade das lavouras. Ao término do período da colheita é o momento da desbrota, que compreende os meses de novembro e estendem até o final de dezembro, podendo estender até janeiro. A técnica consiste em eliminar os ramos que ‘roubam’ parte da reserva energética do cafeeiro e que o impedem de se desenvolver, prejudicando a estrutura da planta e promovendo queda na produtividade. O engenheiro agrônomo de Carlópolis, José Ryoti Nakabayashi, explica que a desbrota garante que a lavoura tenha uma vida útil de muitos anos. “Um café bem desbrotado vai garantir que a lavoura aguente ainda por muitos anos. Existem lavouras da década de 70 que ainda estão produzindo, por exemplo. Por outro lado, quando uma lavoura não é desbrotada precisamos tomar medidas drásticas como cortar a planta inteira e refazer toda a sua estrutura novamente”, explica. De acordo com ele, a limpeza com a retirada dos ramos vai possibilitar a entrada de luz, estimulando a formação dos novos brotos, melhorando a relação entre a parte aérea e as raízes e promovendo um bom arejamento das plantas. “E a desbrota desse período já é um preparo para 2025 e, após esse período, vem o manejo fitossanitário para o controle de pragas e doenças”, explicou Ryoti. Lavoura de qualidade O manejo bem adequado do café no sítio da família do produtor Osny Monteiro, localizado em Carlópolis (PR), tem garantido a longevidade da lavoura que conta com 20 hectares. Natural de Ribeirão Claro (PR), Osny conta que a sua trajetória com o café começou entre o final dos anos 70 e começo dos anos 80 quando se casou e foi morar em Carlópolis. “Eu já venho de uma família que plantava feijão e milho. Quando compramos o sítio aqui plantamos o nosso primeiro café em 1989. O começo foi bem difícil, tivemos que fazer a muda e na época não existiam os maquinários que têm hoje. Mas com dois anos já colhemos o nosso primeiro café e estamos aqui até hoje”, conta. Segundo o produtor, a caminhada foi mais difícil no começo, mas com o manejo adequado a lavoura deu certo. “O café foi ficando fácil de uns anos para cá, claro que ainda faltam muitas coisas que precisamos fazer, mas não tem muito segredo, ou você faz bem-feito ou não faz. É preciso saber produzir bem pois, se não fizer, terá prejuízo”, disse o produtor. O filho de Osny, Alcione Monteiro é associado da Capal desde 2005 e ajuda o pai com a lavoura de café desde quando era criança. Ele lembra que a desbrota possibilitou que um pé de café plantado pelo seu avô em 1973 continue produzindo. “Ele ainda está lá e isso tudo é por conta dos cuidados, podando certinho. A caminhada está muito boa e nós queremos continuar, principalmente porque temos um apoio muito bom da Capal com a assistência técnica e a facilidade que temos com a compra dos produtos”, garantiu.