Receita bruta da Cooperativa foi de R$ 1,983 bilhão até junho deste ano. A comercialização do café foi destaque no primeiro semestre 

A Capal Cooperativa Agroindustrial realizou reuniões semestrais ao longo da última semana em todas as suas unidades para a prestação de contas do exercício referente ao primeiro semestre de 2023. Sempre mantendo a transparência, o objetivo foi mostrar aos produtores associados como está a saúde financeira da Cooperativa nos seus diferentes setores de atuação, além de esclarecer dúvidas dos associados.

As primeiras reuniões aconteceram em três unidades de São Paulo, Taquarivaí, Taquarituba e Itararé, na última sexta-feira (28). Na segunda-feira (31), foi a vez de apresentar os resultados para os produtores das unidades de Fartura, Carlópolis, Joaquim Távora, Ibaiti, Santana do Itararé, Wenceslau Braz e Curiúva. Em Arapoti a reunião semestral aconteceu na tarde de quarta-feira (02), no auditório da SUREG.

Números

No primeiro semestre, a receita bruta da Capal atingiu o montante de R$ 1,983 bilhão,o número está 5% abaixo do previsto pela Cooperativa para os primeiros seis meses deste ano. A Capal também fechou o mês de junho com um resultado de R$ 44,6 milhões.

Já os investimentos somam mais de R$ 72,7 milhões no primeiro semestre de 2023 e inclui obras que estão em andamento nas unidades. O Presidente Executivo, Adilson Roberto Fuga, explica que este ano tem sido bastante desafiador para a Cooperativa.

“Dentro do nosso orçamento nós já tínhamos previsto que essa queda, no faturamento e no resultado, iria acontecer. Tem sido um pouco mais forte do que havíamos imaginado. A questão de inadimplência, já percebida em alguns setores, também começou a aparecer dentro da Cooperativa. Queremos continuar a nossa expansão, mas agora é um momento de cautela. Temos que ter muito pé no chão para que nenhuma operação seja colocada em risco”, apontou.

O presidente lembra ainda que a redução também se deu pela queda nos preços das commodities e dos insumos – fertilizantes e defensivos – que estão menos da metade do preço que estava sendo praticado em 2022.

“Essa queda, considerando que a Cooperativa mantém suas margens bem apertadas, estão com um valor menor e isso justifica a queda em função dos números serem mais apertados em relação ao ano passado. Com o ajuste no valor de mercado, nós temos sentido isso nos resultados e no faturamento da Cooperativa. Vamos fechar esse ano com patamares menores que 2022”.

Café

A Unidade de Café, que alcançou faturamento de R$ 203 milhões no primeiro semestre, foi destaque no período. O número é bastante positivo se comparado ao ano todo de 2022 onde foram faturados R$ 145 milhões.

“A Capal é muito respeitada nesse mercado, estamos conseguindo avançar e aumentar o volume de comercialização. Em função disso, o café foi ganhando nome e ficou ainda mais fácil essa expansão no mercado. Acredito que vamos fechar um ano muito bacana com muito volume de café comercializado e resultados bem satisfatórios”, destacou o presidente.

Participação dos produtores

Os produtores que participaram destacaram a importância da transparência da apresentação dos resultados obtidos no primeiro semestre. “Como cooperado, não tem nada melhor você saber qual o caminho que a sua Cooperativa está tomando. São nestas reuniões que nós sabemos para onde está indo o nosso dinheiro. Muitas vezes, o dinheiro que nós investimos volta de forma dupla e nós conseguimos perceber o retorno daquilo que estamos fazendo”, disse o produtor Sérgio Augusto de Andrade, cooperado de Joaquim Távora.

O produtor de grãos de Wenceslau Braz, Paulo Roberto Mendes Bello, também reforçou a importância da sua participação. “Eu gosto de estar sempre à par do que está acontecendo com a nossa Cooperativa. Sou cooperado de muitos anos na Capal e sempre quero a melhoria dela”, reforçou.

O produtor de queijo, Leomar Martins, de Santana do Itararé, lembra que sempre participou fielmente das reuniões. “Nas reuniões o cooperado tem conhecimento dos números, pode opinar, perguntar e decidir. É de extrema importância cuidar do que é seu. Sou cooperado há 15 anos e sempre participei dos encontros”, destacou.

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Assembleia Geral Extraordinária

Acordo de intercooperação com a Aurora Coop é aprovado por unanimidade em assembleia

A venda da participação da Capal na Indústria de Carnes Alegra e a sua filiação, na condição de associada, junto à Aurora Alimentos, de Santa Catarina, foram os dois assuntos principais da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), e aprovados por unanimidade entre os produtores.

Ainda durante a AGE, o presidente Adilson Fuga explicou aos produtores os benefícios da sociedade onde a participação da Capal será de 2,5% na Aurora.

Segundo ele, com essa união, as possibilidades de acesso ao mercado externo, à exemplo da China e Japão, países que mais importam carne suína no mundo, serão ainda maiores.

“A Aurora é uma marca consolidada no mercado e com isso teremos mais acesso, com maior valor agregado. Seremos ainda mais competitivos em questão de custos. Agora nós vamos fazer parte de uma central forte e que poderá nos trazer melhores condições para os nossos produtores de suínos”, disse Adilson.

O produtor de suínos de Arapoti e associado da Capal, Elton José de Souza, aponta as vantagens da intercooperação. “Será um grande passo tanto para a Capal quanto para nós produtores. Essa filiação foi pensando no futuro, focando no avanço da produção. Isso vai possibilitar que a Aurora amplie o seu desenvolvimento e isso também nos favorece”, comentou o produtor que atua com suinocultura há mais de seis anos.